quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ELAS QUEREM O CONTROLE ABSOLUTO


As gigantes da indústria musical sofreram com a digitalização no final dos anos 90. Os downloads de Mp3 e a pirataria derrubaram a venda de  artistas de todos os quilates. No Brasil, por exemplo, quem vendia 1 milhão de cópias, dificilmente passa das 100 mil. Afinal, pra que pagar por cultura se ela está disponível de graça?

Bom, com a evolução tecnológica, as empresas precisaram se adaptar. É assim no mundo capitalista, dos primeiros escambos extrativistas, passando pela revolução industrial até chegar ao atual cenário digital globalizado. Como disse o @fabiohosoi: "os dinossauros que não se atualizam precisam mesmo ser extintos".

Todo esse chororô das gravadoras e de alguns artistas não são válidos. O golpe nas vendas veio seguido do surgimento do mercado dos ringtones, que deu sobrevida aos estúdios. Para salvar de vez a indústria fonográfica, a Apple, em 2003, lançou o iTunes Store. Nos EUA, a loja virtual idealizada por Steve Jobs vendeu 1 milhão de músicas em seis dias. A previsão era de chegar nesta marca em 6 meses.  Uma empresa sempre atualizada, depois de muita briga com os velhos do ramo, criou um novo negócio e salvou a capitalização musical.

Aqui, a loja virtual demorou 8 anos para chegar. Engana-se quem apostou no fracasso brasileiro. Desde seu lançamento, no dia 13/12/2011, a loja nacional vendeu o dobro do que a Apple planejava e tornou-se a maior da América Latina.

É claro que a indústria ainda lucra muito com venda de CD, Mp3, Vinil, DVD, Blu-Ray...Para ela, SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect IP Act) significam a manutenção do controle do que consumimos. Só não vivemos nesta ditadura por causa da internet. Ainda somos obrigados a escutar e assistir nas rádios e TVs  o que as gravadoras vomitam. A internet nos permite escolher, pesquisar, comprar ou baixar de graça. A liberdade online é  a independência musical. Muito mais, ela representa a liberdade intelectual.

A indústria, que nos bombardeia com produtos de, quase sempre, péssima qualidade, foi golpeada pelos programas de compartilhamento, blogs, sites e redes sociais. Através do congresso americano, tenta retomar sua força absoluta. Por sorte e pressão popular, os projetos fascistas foram engavetados, pelo menos por enquanto. Quem acredita na democratização da cultura venceu este round.

Só que cuidado, pois o ACTA vem aí...

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