terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rock in Rio 2011 - Balanço Final

Sempre é fácil criticar artistas fracos. Por isso, foi tão natural passar as últimas semanas divulgando, por todas as redes sociais, os motivos para não dar bola ao Rock in Rio 2011.  Recebi mensagens de todos os tipos. Desde os mais toscos xingamentos até ameaças estúpidas.


Claro que, como jornalista e aficionado por música, acompanhei as transmissões do evento. Não sei qual foi a pior. Na Globo, um show de bizarrices na cobertura dos bastidores, que era comandada pelos fracos e muito sem graça André Marques, o gordinho do Vídeo Show, e Bruno de Luca, o gordinho de Malhação. Também tiveram os comentários vazios de Zeca Camargo. 

No show do Metallica, a Rede Globo de Televisão, uma das maiores emissoras do mundo, não teve a capacidade de colocar um especialista em música ao lado do operador de G.C - para quem não conhece, o gerador de caracteres é o equipamento que coloca na tela da TV frases e outros elementos gráficos. A produção pegou um papel do setlist da banda, com nomes abreviados, e jogou no ar. Resultado: "Enter Sandman" virou Sandman, "For Whom the Bell Tolls", Bellz e assim por diante. 

O Multishow foi bastante tosqueira. Didi Wagner e Luisa Micheletti falaram tanta asneira quanto seus colegas da rede aberta. Foi grotesco vê-las entrevistar a banda mexicana Maná em inglês. Já Beto Lee, em frente ao palco, só deu bola fora. 

Shows


Red Hot Chili Peppers, Slipknot, System of a Down e Motörhead fizeram boas apresentações. Os destaques ficaram por conta de outras duas lendas do rock: Guns N'Roses e Metallica. 

Vamos começar pelo fiasco de Axl Rose. Infelizmente, o líder e único remanescente da formação original do GNR não tem mais fôlego ou voz. Os agudos estridentes ficaram no passado. Fora de forma, parou de cantar diversas vezes. Nem o bom setlist salvou o show. Eu não sei o nome de um músico dessa formação, que não chega aos pés da original. 

A falta de voz de Axl era sentida já na Use Your Illusion Tour, que tentaram disfarçar com diversas backing vocals.  Já não bastava o apoio dos companheiros de banda. Até a apresentação do Rock in Rio 2001 foi melhor do que esta do último domingo. Não sei nem se uma reunião com os integrantes originais salvaria o Guns. Fica a lembrança dos primeiros 10 anos. 

Idade não é desculpa para fiascos ao vivo. Prova disso é o Metallica. Os metaleiros, na estrada desde 1981,  montaram um show para ser o melhor dos últimos tempos. O  setlist perfeito foi executado com maestria. Eu os vi ao vivo três vezes e nenhum dos repertórios superou este último. 

O ponto alto do show foi a homenagem a Cliff Burton, morto em um acidente de ônibus com a banda há 25 anos. Além de discursos durante o show, uma bandeira com o rosto do primeiro baixista do Metallica foi erguida. 

O Metallica fez um show perfeito, ofuscando as bizarrices que puderam ser vistas em todos os dias de Rock in Rio. 

Setlist Metallica
Creeping Death
For Whom the Bell Tolls
Fuel
Ride the Lightning
Fade to Black
Cyanide
All Nightmare Long
Sad But True
Welcome Home (Sanitarium)
Orion
One
Master of Puppets
Blackened
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Am I evil?
Whiplash
Seek and Destroy




5 comentários:

  1. Quem é bom profissional realmente se dedica!
    O pessoal do Metallica é assim.. Não há dúvidas!

    Ótima review!

    ;D

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  2. Só faltou parcerias do tipo Chitãozinho & Chororó feat Fresno com fizera a Coca-Cola outrora. Fecharia com chave de ouro.

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  3. Quando eu pensei que o texto tava começando, acabou.

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  4. Não dá pra enrolar muito em texto de blog.

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  5. Metallica é Metallica, o show do Guns beirou ao ridículo.

    www.mais1km.com

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