sábado, 29 de outubro de 2011

O ROCK NOS VIDEOGAMES (PARTE 1)


O Rock apareceu nos videogames muito tempo antes das guitarras e baterias virtuais. A primeira banda a estrelar um fliperama foi o grupo de rock progressivo Journey, em 1983. Uma produção bem psicodélica, na qual os integrantes, retratados em pequenas fotos em preto e branco, enfrentavam objetos espaciais, no melhor estilo Megamania.

Em 1988, a Codemasters lançou Rock Star Ate My Hamester. O jogo, desenvolvido para computadores e Atari, pode ser considerado pioneiro do gênero manager. Na trama, o agente Cecil Pitt tem a missão de conduzir uma determinada banda ao estrelato. O barato do jogo é que vários artistas foram parodiados. Michael Jackson virou Wacky Jacko; Madonna é Maradona; e Bono Vox foi transformado em Bonehead. Há muitos outros plágios no game, que caiu no gosto popular.

A Wizzard Games também embarcou na onda e lançou em 89, para Amiga, Rockstar. Polêmico, o jogo trata do backstage de uma banda. O líder é justamente o jogador, que muitas vezes está  envolto em drogas e  algumas podem até auxiliar na criatividade. É, como disse, bem polêmico. Tanto que ficou bem mais conhecido no meio underground.

O grande salto do pop rock no universo digital aconteceu no ano de 1990. Michael Jackson  resolveu se aventurar nos consoles em uma parceria milionária com a SEGA. E deu muito certo! Moonwalker era a maior febre vista até então na indústria do entretenimento, elevando os videogames ao status de mídia rentável para os mais variados artistas. Ao som de Smooth Criminal, Michael desliza seus passos e derrota oponentes ao atirar seu chapéu mágico. Para os mais novos terem uma idéia, a repercussão de Moonwalker foi tal qual, ou maior, que a expectativa gerada em torno de Beatles: Rock Band.

Se o game da SEGA fez o mundo inteiro dançar, não se pode dizer o mesmo de Motörhead. Lançada em 92 pela Virgin Games para Amiga e Atari ST, a produção inspirada na lendária banda de Lemmy Kilmister foi realizada apenas para a Europa. O vocalista arruaceiro comanda a baderna e toca o terror por onde passa, fazendo a alegria dos metaleiros. 


Uma criativa história como pano de fundo levou o Aerosmith para os cartuchos. Em Revolution X, o mundo é controlado por um grupo denominado New Order Nation, que declara guerra contra todo e qualquer tipo de cultura jovem. Sendo assim, o Aerosmith é capturado e cabe ao jogador salvar Steven Tyler e sua turma das garras dos terroristas. Foi uma das primeiras edições do gênero que reuniu diversas plataformas, como Super NES, Mega Drive, Playstation, fliperamas e PCs.

Bem antes de Eletronic Arts e Harmonix travarem uma das maiores disputas já vista no mercado de games, a Konami dava o primeiro passo para a criação de um simulador de instrumentos. Em 98 , a empresa japonesa lançava Guitar Freaks, em que o jogador controlava a guitarra através de uma sequência de cores, numa simplificada versão dos jogos atuais. E olha que na época o título foi pouco comentado. 

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